24 de abril de 2010
(Des)planificar
Um dia gostava de acordar e pensar: Vou deixar que o dia me leve.
Mas não estou programada para isso. Passo o dia a pensar que tenho isto ou aquilo para fazer, ou à espera de algo que sei que, supostamente, irá acontecer nesse mesmo dia, quer isso me cause pânico ou bliss. A verdade é que tenho saudades de não saber o que me espera e ao mesmo tempo isso apavora-me (ou "encaracola-me as unhas dos pés" como dizia a minha professora de português do básico) porque me habituei por força das circunstâncias a viver cada dia seguindo um plano mais ou menos meticuloso. Como seria fantástico esquecer por momentos os planos de vida, as ambições, os compromissos, os afazeres... e deixar o dia passar - talvez andasse, em vez de correr como é de costume. Não quero chegar ao fim da linha e pensar que vivi como o Elton John dizia na tão famosa música dedicada a Norma Jean (Marilyn Monroe): like a candle in the wind. Porque os planos e a premeditação de tudo são os ventos que me importunam e querem obscurecer, até que reste apenas um acumulado de cera, um mero vestígio do que foi e do que poderia ter sido caso o vento soprasse menos violentamente.
Quero, no fundo, voltar a ser criança: acreditar que nada está fora do meu alcance e que não me vou magoar quando cair do baloiço, mesmo que a minha mãe já tenha levado o frasco de água oxigenada e o sempre carinhoso beijinho que tudo cura.
Amanhã NÃO vai ser o dia. Já tenho planos, para variar. Mas amanhã... o dia é meu.
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2 comentários:
Amanhã é Domingo. Tenta na segunda, para ver se consegues!
(Devido ao meu presente estado -percebeste pelo telefonema- hoje não consigo comentar mais nada)
Tenta segunda, força nisso!
Parece que vou começar já hoje: por enquanto, os meus planos estão em stand-by até que se estabeleça uma comunicação telefónica LOL
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