Happy vs.Sad

Hoje estou feliz. E triste ao mesmo tempo. Faz hoje 4 anos que conheci um novo estado: o de tia. Desde o acariciar a barriga, a insegurança de lhe pegar pela primeira vez com medo que "se partisse", o primeiro sorriso desdentado que fez para mim aliado àqueles olhos azuis gigantes, as brincadeiras de bebé, as meias horas com ele ao colo à espera que arrotasse, a primeira vez que me chamou de tia (o orgulho transbordou nesse dia *.*), os "Bom dia!!" bem dispostos de quem tinha acabado de acordar no meu quarto às 4h da manhã, os primeiros passos atrapalhados, os jogos de bola em que eu perdia sempre, as primeiras palavras em inglês que lhe ensinei, os campeonatos de cócegas ao som da música da pantera cor-de-rosa, as guerras clubísticas incontornáveis, as sessões de pinturas quando estávamos sozinhos em casa, as provocações constantes e o desenrolar de toneladas de personalidade numa pessoa tão pequena... foi muita alegria junta. Mas estou triste na mesma. Porquê? Porque, algures por aqui, deixei de ter um bebé patife e passei a ter um menino patife. Passou depressa, mas valeu cada segundo. Apesar de já não ser efectivamente bebé, para mim será sempre o meu bebé, por muito que ele reclame e me responda que já é um homem grande, enquanto estica os braços em direcção ao céu e faz cara de mau. Ser tia não é apenas um estado: é um privilégio.

Enfim, ao menos hoje há bolo!