Pessoas. Pessoas que não sabem o que querem. Que não estimam o que têm, enquanto o têm verdadeiramente. Pessoas que não conhecem o peso da culpa, o esgar da desconfiança que provocam, a pontada da dor que infligem. Só se interessam pelo seu bem-estar, pela sua dor, pela sua integridade, pela sua vontade e pelo que lhes dá na real gana. Pessoas que não são mais que pescadores de conveniências. Eventualmente, até o mais incauto dos peixes aprende que daquele isco não sai alimento de espécie alguma e foge para as profundezas do oceano. É então que o pescador, vendo a sua teimosia a ser desafiada, decide vestir o fato de mergulho, apenas para provar a sua suposta superioridade e levar a sua vontade avante. O peixe desapareceu, o pescador aumenta e embeleza o engodo. Engole-o tu, diz o peixe. Pode ser que te fique preso na garganta.
3 comentários:
Gostei, um belo sermão da mais pura das verdades.
Olha gostei muito e é muita verdade aqui!
Leitor, Farruskinha, muito obrigada :)
Enviar um comentário