Ahh como eu tenho saudades daquela inocência de quem fazia um copo de papel e ia para a rua à chuva (às escondidas da mãe, é claro!) à espera que ele enchesse...
Agora o papel teima em ter letras que me incomodam nos tais dias de chuva. E nos de sol. E hoje, que está nublado.
Hoje, o papel acumula-se em dossiers, em vez de se acumular na mesa da sala quando eu os enchia de bonecada.
Hoje, a bonecada é disfarçada num cantinho de uma folha repleta de gatafunhada que, supostamente, eu deveria saber.
Hoje faço muitas coisas que, quando o papel só servia para colorir, não podia fazer. Mas nessa altura, em que ainda existiam as canetas de feltro da Molin, eu fazia muitas coisas que hoje não posso (ou não devo) fazer.
Ah, saudades dos tempos dos copos de papel.
3 comentários:
O tempo do papel, da bonecada, das barbies, da televisão (Ai... a televisão!), o tempo do "não quero ir dormir ainda!"... Onde está?
Esse tempo emigrou. Só não se sabe para onde!
Agora deixou cá o irmão gémeo ruim, o irmão do "quero ir dormir, já não posso ver isto à frente", da papelada que não tem fim, dos near-nervousbreakdowns... Mas ouvi dizer que o outro irmão vem cá fazer umas férias no verão!
Boa! Vamos para o jardim andar de baloiço em Agosto?
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